sexta-feira, 8 de março de 2013

Expectativas e Experiências do meu intercâmbio.


Observando que,iniciarei este texto, não citando nomes de profissionais e das pessoas que, felizmente ou infelizmente passaram na minha vida, em algum momento acadêmico  e ou outros...


O intercâmbio acadêmico ampliou-me bastante a visão de mundo, estar inserida numa  nova cultura e, ainda, cursar matérias na sua área de graduação, experimentando metodologia e enfoques diferentes,é maravilhoso. Estes são alguns dos benefícios que eu tenho ao participar desse intercâmbio.
O intercâmbio esta sendo uma experiência de grande crescimento pessoal e amadurecimento. É um processo de imersão muito grande dentro do meu universo diferenciado. A maneira de pensar, trabalhar, realizar as tarefas, fazer contato social é muito diferente, e o processo de adaptação faz com que conheçamos mais de nós mesmos e  perceber as diferenças. 
Além de aprender mais sobre Portugal, que é bem mais do que bacalhau, vinho e azeitonas, dá pra conhecer costumes de vários países, com outros alunos de intercâmbio.
O primeiro dia de aula em algumas disciplinas foi constrangedor.  Primeiro, porque cheguei atrasada por falta de orientação de alguns funcionários e outra, porque tive que andar bastante de um pólo universitario ao outro.
Adentrei na sala com maior cara de tacho, e as pessoas que estavam lá, me olhavam com cara de broa. rsrs
O engraçado é que o professor nem pergunta de onde vem, quem é você, o que faz e se pelo menos esta na disciplina certa...
Passado o terror de chegar no meio da aula, com pessoas desconhecidas a te encarar, fui procurar onde era o local de fotocopias da faculdade. Outro terror, atendimento péssimo, (saudade do tiozinho da xerox da PUC).
Seguindo para a próxima aula, eis a surpresa na porta...
Os alunos esperam o professor do lado de fora, no corredor, e que terror. Achei uma  falta de respeito com os alunos que ficam de pés, esperando a graciosa professora que chega atrasada em todas as aulas, e nem adianta justificar (e se ela faz isso), acho que não é o trânsito de Coimbra, porque aqui não tem isso. Não tem motoboy, lotação, metro ou semáforos quebrados, carros na contramão ou ônibus extra lotados.
Já em sala de aula, há um volume grande de cochichos e vozes, as turmas das disciplinas escolhidas, são ótimas nisso, conversam demais entre si. Atrapalham a aula todo momento, não respeitam professores, turma de apresentação de trabalhos. Fiquei a admirar um professor (ótimo) a dar aula, teve um momento que, tinha apenas eu e uns três alunos prestando a atenção nele, e o mais engraçado, que o professor não tá nem ai pra isso, e acho que não é uma atitude boa fingir que não esta acontecendo nada.
Os métodos de ensino daqui são bem diferentes. E quem está acostumado com salas pequenas, com no máximo 40 alunos, acaba estranhando grandes auditórios que comportam até 200 estudantes.  A dinâmica das aulas é bastante diferente: tem aulas em anfiteatros enormes, com pouca interatividade e debate.
Existe certa sensação de hierarquia, uma verticalização da educação que não se sente tanto no Brasil.
Mas dá pra aproveitar a oportunidade e cursar matérias que não estão em nossa grade curricular da universidade de origem, sem se preocupar em validar as matérias, mas sim, aproveitar a chance de experimentar o novo.


Vamos aos trabalhos agora???
Aqui há duas espécies de avaliações, a avaliação final e a periódica. Funciona assim: a periódica é dada como trabalhos em grupo, textos para leitura, resenha e ou resumos a cada três fases. Já avaliação final, é a prova feita no final do período, onde será  dos conteúdos que foram dados em aulas. A maioria dos estudantes escolhem a periódica, eu também escolhi,mais senti dificuldades de encontrar uma turma para realização dos trabalhos, pois não são muito receptivos (sem generalizar),e o primeiro contato, com certeza, é você que tem de fazer.
Somos bombardeados de textos nos primeiros dias, e assim, orientados a escolher o tipo de avaliação e turma para os trabalhos. São textos ou artigos na maioria em inglês, espanhol e ou bibliografias em francês.
Estou sendo penalizada por isso, não me dediquei ao inglês antes... prometi voltar urgentemente para as aulas de inglês.
Outra coisa que quero falar é da falta de orientação que os alunos de intercâmbio da PUC têm aqui.Acho que deveriam ter uma gabinete especifico da universidade. Depois que você chegou aqui,se vira meu bem!!! Se for bolsista, só vão te localizar pra te mandar de volta para o Brasil (fiquei sabendo disso), se não for bolsista (não é o meu caso), vamos embora quando quiser, só pedir autorização no consulado. rs

Agora mudando de assunto.
Alojamentos universitários, casa de família, república para estudantes ou simplesmente um apartamento alugado (T1,T2, T3 etc.). Esses são os lugares mais comuns que os estudantes procuram para se hospedar por aqui. As razões para a escolha variam: pode ser financeira, de localização ou pode partir da vontade de estar em contato com uma família do país hospedeiro.
Quanto mais longe da universidade ,pode pagar um bom preço no arrendamento(aluguel).
Tem estudantes que valorizam morar em casas de família, reconhecem algumas vantagens como: fazer refeições juntos, praticar a língua local, comer bem, morar em uma casa grande com jardim e animais de estimação. Também, tem a oportunidade de fazer viagens com eles de carro, o que diminui muito alguns custos. Mais isto varia muito de opiniões e da senhoria que os recebem.
A troca de culturas por aqui,é valido.
O intercâmbio me permite o contato com intercambistas de todas as partes do mundo. Não conheci muitos (ainda).
É através dos laços de amizades com outros intercambistas,é  que surgem as oportunidades e a companhia ideal para viagens de fim de semana ou de feriados. A maioria das viagens é de excursões organizadas por algumas associações acadêmicas ou  por agencias. 
Tudo é maravilhoso e novo. Apesar da grande vontade de voltar para as minhas origens,estou a aproveitar cada dia de minha estadia aqui em Portugal.

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