Observando que,iniciarei este texto, não citando nomes de profissionais e das pessoas que, felizmente ou infelizmente passaram na minha vida, em algum momento acadêmico e ou outros...
O intercâmbio acadêmico ampliou-me
bastante a visão de mundo, estar inserida numa nova cultura e, ainda, cursar matérias na sua
área de graduação, experimentando metodologia e enfoques diferentes,é maravilhoso. Estes são
alguns dos benefícios que eu tenho ao participar desse intercâmbio.
O intercâmbio esta sendo uma experiência de grande crescimento pessoal e
amadurecimento. É um processo de imersão muito grande dentro do meu universo
diferenciado. A maneira de pensar, trabalhar, realizar as tarefas, fazer
contato social é muito diferente, e o processo de adaptação faz com que
conheçamos mais de nós mesmos e perceber
as diferenças.
Além de aprender mais sobre Portugal, que é bem mais do
que bacalhau, vinho e azeitonas, dá pra conhecer costumes de vários países, com
outros alunos de intercâmbio.
O primeiro dia de aula em algumas disciplinas foi constrangedor. Primeiro, porque cheguei atrasada por falta de
orientação de alguns funcionários e outra, porque tive que andar bastante de um
pólo universitario ao outro.
Adentrei na sala
com maior cara de tacho, e as pessoas que estavam lá, me olhavam com cara de broa.
rsrs
O engraçado é que
o professor nem pergunta de onde vem, quem é você, o que faz e se pelo menos esta
na disciplina certa...
Passado o terror
de chegar no meio da aula, com pessoas desconhecidas a te encarar, fui procurar
onde era o local de fotocopias da faculdade. Outro terror, atendimento péssimo,
(saudade do tiozinho da xerox da PUC).
Seguindo para a próxima
aula, eis a surpresa na porta...
Os alunos esperam
o professor do lado de fora, no corredor, e que terror. Achei uma falta de respeito com os alunos que ficam de pés,
esperando a graciosa professora que chega atrasada em todas as aulas, e nem
adianta justificar (e se ela faz isso), acho que não é o trânsito de Coimbra,
porque aqui não tem isso. Não tem motoboy, lotação, metro ou semáforos quebrados,
carros na contramão ou ônibus extra lotados.
Já em sala de
aula, há um volume grande de cochichos e vozes, as turmas das disciplinas
escolhidas, são ótimas nisso, conversam demais entre si. Atrapalham a aula todo
momento, não respeitam professores, turma de apresentação de trabalhos. Fiquei
a admirar um professor (ótimo) a dar aula, teve um momento que, tinha apenas eu
e uns três alunos prestando a atenção nele, e o mais engraçado, que o professor
não tá nem ai pra isso, e acho que não é uma atitude boa fingir que não esta
acontecendo nada.
Os métodos de ensino daqui são bem diferentes. E quem está acostumado com salas
pequenas, com no máximo 40 alunos, acaba estranhando grandes auditórios que
comportam até 200 estudantes. A dinâmica
das aulas é bastante diferente: tem aulas em anfiteatros enormes, com pouca
interatividade e debate.
Existe certa
sensação de hierarquia, uma verticalização da educação que não se sente tanto no
Brasil.
Mas dá pra aproveitar a oportunidade e cursar matérias que não estão em nossa grade
curricular da universidade de origem, sem se preocupar em validar as matérias,
mas sim, aproveitar a chance de experimentar o novo.
Vamos aos trabalhos agora???
Aqui há duas espécies de avaliações, a avaliação final e a periódica. Funciona
assim: a periódica é dada como trabalhos em grupo, textos para leitura, resenha e ou resumos a cada três fases. Já avaliação final, é a prova feita no final do período, onde será dos conteúdos que foram dados em aulas.
A maioria dos estudantes escolhem a periódica, eu também escolhi,mais senti
dificuldades de encontrar uma turma para realização dos trabalhos, pois não são
muito receptivos (sem generalizar),e o primeiro contato, com certeza, é você
que tem de fazer.
Somos
bombardeados de textos nos primeiros dias, e assim, orientados a escolher o
tipo de avaliação e turma para os trabalhos. São textos ou artigos na maioria
em inglês, espanhol e ou bibliografias em francês.
Estou sendo
penalizada por isso, não me dediquei ao inglês antes... prometi voltar
urgentemente para as aulas de inglês.
Outra coisa que
quero falar é da falta de orientação que os alunos de intercâmbio da PUC têm aqui.Acho
que deveriam ter uma gabinete especifico da universidade. Depois que você chegou
aqui,se vira meu bem!!! Se for bolsista, só vão te localizar pra te mandar de
volta para o Brasil (fiquei sabendo disso), se não for bolsista (não é o meu
caso), vamos embora quando quiser, só pedir autorização no consulado. rs
Agora mudando de assunto.
Alojamentos universitários, casa de família, república para estudantes ou
simplesmente um apartamento alugado (T1,T2, T3 etc.). Esses são os lugares mais
comuns que os estudantes procuram para se hospedar por aqui. As razões para a
escolha variam: pode ser financeira, de localização ou pode partir da vontade
de estar em contato com uma família do país hospedeiro.
Quanto mais longe da universidade ,pode pagar um bom preço no arrendamento(aluguel).
Tem estudantes que valorizam morar em casas de família, reconhecem algumas
vantagens como: fazer refeições juntos, praticar a língua local, comer bem,
morar em uma casa grande com jardim e animais de estimação. Também, tem a oportunidade
de fazer viagens com eles de carro, o que diminui muito alguns custos. Mais isto
varia muito de opiniões e da senhoria que os recebem.A troca de culturas por
aqui,é valido.
O intercâmbio me permite o contato com intercambistas de todas as partes do mundo. Não
conheci muitos (ainda).
É através dos laços de amizades com outros intercambistas,é que surgem as oportunidades e a companhia ideal
para viagens de fim de semana ou de feriados. A maioria das viagens é de excursões
organizadas por algumas associações acadêmicas ou por agencias.
Tudo
é maravilhoso e novo. Apesar da grande vontade de voltar para as minhas origens,estou
a aproveitar cada dia de minha estadia aqui em Portugal.